A reconquista das mulheres nas novas tecnologias

Talvez você não saiba, mas até o final dos anos 1970 e começo dos 1980, o curso de ciência da computação era majoritariamente feminino, sendo elas as responsáveis pela criação de diversas tecnologias e linguagens da computação. Porém, hoje, quem estuda essa ciência é na sua grande maioria o público masculino. O que teria acontecido para a ocorrência desse fenômeno?

Antes da criação do computador pessoal, o instrumento era visto como uma grande máquina que tinha como função processar dados e realizar cálculos, atividades relacionadas ao trabalho das secretárias, e estava voltado à matemática. Contudo, quando os computadores começaram a chegar nas casas das pessoas e serem popularizados por meio de empresas de tecnologia o jogo mudou e foi justamente por causa dessa palavra.

Os primeiros computadores domésticos vinham com uma proposta muito forte a respeito de jogos lúdicos e o ato de jogar era algo tipicamente masculino. Então esse universo começou a ser habitado pelos homens. Juntamente com isso, passou também a ser uma área promissora economicamente chamando ainda mais atenção dos meninos.

De lá pra cá, o número de mulheres nos cursos de tecnologia só foi diminuindo, isso se explica por alguns motivos: falta de incentivo, propagação de um estereótipo de que os homens são melhores na área de exatas e tecnológicas e falta de representatividade feminina.

Nossa estagiária, Laura Kiehl, que trabalha no processamento de linguagem natural (PLN) da Yuki, acha que a falta de mulheres na tecnologia faz parte de um preconceito institucionalizado, também disse que, embora encontre alguns desafios, pretende seguir na área.

Beatriz Maia, Analista Sênior do nosso bot, graduanda em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pelo Instituto Federal de São Carlos (IFSP), conta que faz parte de uma minoria no curso e que a desistência das meninas é alta, “No começo até tinha umas meninas comigo, mas infelizmente foram deixando a graduação”.

Mulheres Inspiradoras

Hedy Lamarr, foi uma atriz nascida na Áustria e radicada nos EUA que criou uma tecnologia necessária para a existência do Wi-fi do bluetooth e dos celulares. Ela desenvolveu e patenteou um método de transmissão de sinais de rádio. A invenção contribuiu para o sistema de comunicação das forças armadas americanas e, posteriormente, para os celulares.

Outros nomes importantíssimos da área da tecnologia são: Ada Lovelace, criadora do primeiro algoritmo da história, Irmã Mary Kenneth, primeira mulher a fazer um doutorado em ciência da computação, Jean Sammet, criadora do FORMAC (uma das primeiras linguagens computadorizadas existentes) e muitas outras.

Não há como negar que as mulheres foram indivíduos importantíssimos para o desenvolvimento da tecnologia, então nada mais justo que elas voltem a participar desses processos. Como vimos acima, existe pouco incentivo, propagação de ideias pré-estabelecidas acerca da capacidade feminina e, sobretudo, falta de modelos em evidência.  É um compromisso social lutar por mais igualdade de gênero e de oportunidades.

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